sexta-feira, 18 de maio de 2012

Resenha: Sangue quente - Isaac Marion



Páginas: 256
ISBN:
 8580440335 
Lançamento:
 2011
Skoob
Compre:
 Livraria Cultura | Submarino | Saraiva


Sangue quente é um livro de zumbis para quem gosta de Crepúsculo, a única diferença é que não tem aquele triângulo amoroso. O que você acha de zumbis bonzinhos? Se acha que é uma boa ideia, você irá amar o R. 

A cidade toda estava um caos, todas as pessoas morando dentro de um galpão, todas as casas amontoadas uma em cima da outra e uma bagunça, ninguém podia e nem tinha coragem de colocar um pé se quer para fora do galpão... motivo? A cidade estava infestada de zumbis. Eles moram em um aeroporto abandonado, não lembram os seus nomes, idades, o que fizeram quando eram vivos e tem dificuldade para falar, os que conseguem muito, podem pronunciar no máximo quatro palavras seguidas. Parece meio deprimente, né? E realmente é.

O livro conta a história de R. Bom, na verdade ele não sabe o seu nome, a única coisa que pensa lembrar, é de que começava com R. Ele nunca gostou da solidão de ser um zumbi, não achava graça naquilo, tudo o que ele mais queria era voltar a ser um humano normal. A sua vida muda depois de uma saída para de alimentar (de cérebros, claro). Quando os zumbis se alimentam, conseguem ver e viver as emoções da vítima... a vítima da vez era o namorado da Julie. Quando ele a viu depois de matar Perry, a salvou e levou-a para o aeroporto escondido dos outros zumbis, é claro.


R guardava cada pedacinho do cérebro de Perry só para relembrar de seus momentos com Julie, todos os dias ele comia um pedaço e tinha ainda mais vontade de ter sua humanidade de volta só para ficar com Julie, mas, ele apodreçe mais a cada dia, será que ele consegue?

Esse livro é uma viagem, literalmente, ainda mais se você está acostumado a assistir seriados como The walking dead ou Resident Evil. Sangue quente é sobre um zumbi apaixonado! Meio louco, mas, ótimo.

O que tem de errado comigo? Olho para minha mão e sua carne cinza e pálida, fria e dura, e sonho com ela rosa, quente e flexível, e que pode manejar, construir, acariciar. Sonho que minhas células necrosadas estão saindo de sua letargia, inflando e acendendo como o Natal lá no fundo do meu âmago sombrio. Será que estou inventando tudo isso…? Será um efeito placebo? Uma ilusão otimista? Seja como for, sinto que a linha reta da minha existência está mudando, formando vales e morros como os batimentos cardíacos.Pag. 59


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